Festival de Arte Digital em BH vai até 3 de outubro

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Duo paulista Henrique Iwao e Mario del Nunzinco bolou videopartituras para o FAD 2010

Laboratórios, instalações interativas, mostra de web art, simpósios e performances. Essas são as atrações do 4º Festival de Arte Digital (FAD), que vai até 3 de outubro na Quina Galeria (Edifício Maletta, Avenida Augusto de Lima, 1.148, 2º andar, Centro) e no Oi Futuro (Avenida Afonso Pena, 4.001, Mangabeiras), das 10h às 18h. Há novidades nesta edição: a primeira delas é a participação de mais estrangeiros que brasileiros. Isso se dá pelo simples motivo de que mais artistas do exterior se inscreveram quando o edital foi aberto. Há motivos para comemorar: afinal, um dos objetivos dos organizadores é justamente inserir o FAD na rota mundial de eventos do gênero.

“A ideia surgiu a partir do momento em que a gente notou, anos atrás, ao participar de outros festivais digitais, que BH não tinha nada. Fazemos eventos de mobile, como o Vmob; de música, como o Eletrônika; muita coisa de cinema e vídeo, mas nada que reunisse tudo”, conta Tadeus Mucelli, um dos idealizadores e organizadores do FAD.

A programação se ampliou. Nas edições passadas não havia exibição de vídeo. Além de eles chegarem este ano, deverão cumprir uma premissa básica: ser feitos para a internet. “Minas Gerais já conta com vários festivais de curta e videoarte, mas no FAD todos vieram da produção de web para ser exibidos em salas de cinema”, conta Tadeus. “Este ano, você encontrará o recorte de um pouco de tudo: gente que trabalha extremamente com conceito ou que mescla arte e diversão. Em cada lugar do FAD haverá um pouco das duas coisas”, conclui Tadeus. A programação não é fixa, por isso vale conferir datas e horários em www.festivaldeartedigital.com.br

Samplingplong, do artista alemao Joerg Niehage

Outra área que se destacará é a de instalações. Em 2009, eram sete interativas; agora, são 11. As performances também ganham destaque. “Aumentou o número de shows e adotou-se caráter mais conceitual e experimental, menos pop. Focou-se mais a questão artística que o entretenimento”, define o organizador. Mas ele garante: isso não significa afastar o espectador leigo do FAD. “Pelo contrário. Terá mais significado para quem assiste. O ambiente vai ser menos confuso. A pessoa estará sentada no teatro para entender o que o artista quer dizer com aquilo”.

Convidados
Desta vez, serão apenas dois convidados. Os gregos do The Eraser & Guests e o japonês Nosaj Thing. Cinema ao vivo, música de improvisação, performance e técnicas de instalação e internet são o forte do grupo. Já Nosaj Thing usa o projetor como fonte de luz e cria ritmo sincronizado com o áudio. Considerado um dos melhores moduladores musicais de Los Angeles, ele se dedica à experimentação eletrônica e à construção de ruídos.

Os curadores do FAD, além de Tadeus, são Henrique Roscoe, a cineasta Patricia Moran e os donos da Quina Galeria, Rodrigo Furtini e Ayrton Mendonça. Tadeus chama a atenção para duas obras: Samplingplong, do artista alemão Joerg Niehage, e Bitquid, do holandês Jeroen Holthuis. “O alemão mistura low tech, baixa tecnologia, com engenharia pneumática. A obra se movimenta fisicamente por meio de cliques no mouse. É movimentada por ar, mas acionada por computador”, explica.

Os gregos do The Erasers, que fazem performance em BH
    
O FAD também se dedicará a aspectos teóricos, por meio de simpósios e laboratórios, compreendendo oficinas de audiovisual, inserção à robótica, construção de instrumentos, uso de softwares livres e desenvolvimento de projetos musicais. Tadeus dá um conselho ao visitante: “Participe. Não adote a mentalidade de quem vai a uma galeria de arte. Não é algo para observar de braços cruzados, tudo depende da interação do espectador. Além do meio, a diferença é que a arte digital agrega pessoas de áreas muito distintas. Há o desenvolvimento de conceitos e ideias que, às vezes, envolvem histórias completamente diferentes”, conclui.

O evento é gratuito. Para assistir às performances e vídeos é necessário retirar ingresso com meia hora de antecedência na bilheteria do Teatro Oi Futuro Klauss Vianna (Avenida Afonso Pena, 4001, Centro).

Laboratórios e simpósios são gratuitos. A inscrição antecipada deve ser feita pelo simposio@festivaldeartedigital.com.br
Informações: (31) 3229-3131

Fonte: Thaís Pacheco - Estado de Minas

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