BH-TEC lança projeto de R$ 465 milhões

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O Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) busca na iniciativa privada uma forma de acelerar os investimentos no empreendimento, que ainda engatinha como polo de tecnologia e encontrava, na burocracia estatal, uma pedra no caminho do crescimento.

Na última quinta-feira (8), foi aberta consulta pública para que investidores privados apresentem propostas de construção de mais quatro prédios, orçados em R$ 465 milhões, que teriam capacidade de receber em cada um deles, cerca de 100 empresas.

Hoje com 16 empresas, o BH-TEC, inaugurado em maio de 2012, espera abrigar multinacionais que poderão impulsionar o empreendimento e assegurar mais atratividade.

Atrasos
A construção do Parque se arrastou por mais de sete anos, passou por pelo menos três atrasos, e sua administração assistiu ao crescimento de centros tecnológicos em outros estados, como o de Porto Alegre, o Tecnopuc, com construção iniciada dois anos antes, e hoje com 97 empresas e duas incubadoras.

Empresas com sede em Minas Gerais investiram em centros de tecnologia e desenvolvimento fora do Estado. É o caso da Usiminas, que construiu o seu Centro de Pesquisa na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio de Janeiro. Lá também estão empresas como Vallourec & Manessmann e Georadar, ambas com forte presença no Estado.

“Temos interesse de 79 empresas, algumas multinacionais. Não quer dizer que todas vão se instalar, muitas já podem ter ido para outros lugares”, disse o diretor-presidente do BH-TEC, Ronaldo Tadêu Pena.

Plano imobiliário
O plano para fazer o BH-TEC decolar consiste na transformação da área em um empreendimento imobiliário explorado por incorporadoras, explicou o diretor de projetos do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Jorge Duarte. “Precisávamos de um modelo ágil, o que necessita de recursos privados”, afirmou. O parceiro privado será responsável pelas obras, operação e manutenção do complexo imobiliário.

Para a construção de quatro torres e um prédio destinado a prestadores de serviços, o parceiro privado aportará R$ 465 milhões. O retorno do investimento será pela cobrança do aluguel pelos próximos 28 anos, período da concessão da área, pertencente à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que assumirá a administração ao fim do período.

O BHTec receberá uma taxa anual de 2% do faturamento bruto do parceiro privado ou R$ 1,5 milhão ao ano – o que atingir maior valor. Já a UFMG terá assegurada uma verba de 2% do faturamento bruto da incorporadora.

A previsão é a de que a primeira torre tenha sua construção iniciada ainda neste ano.

Fonte
Leia a matéria completa na Edição Digital do jornal Hoje em Dia.

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