Resumão do Social Minas – Evento da Amadi sobre mídias sociais

Começando pontualmente às 09h25 com as boas vindas de Saulo Medeiros, o Social Minas, evento realizado pela AMADi no último sábado, no edifício JK da Newton Paiva, contou com a presença de cerca de 200 participantes, incluindo profissionais de agências, professores, estudantes e alguns clientes.

Saulo apresentou a nova direção da AMADi e a atuação da entidade. Em sua fala inicial, agradeceu a contribuição de todos os parceiros, apoiadores e patrocinadores. "Agradecemos também a contribuições tão importantes quanto das empresas patrocinadoras, que se mostram tão promissoras, na figura do Marcelo Sander do Mercado Web Minas, Raquel Camargo do Twitter Brasil e a equipe do Twitter BH" (não lembro se ele citou nominalmente alguém do Twitter BH, pois estava escrevendo no momento).

Leo Magno, coordenador de comunicação da Newton Paiva, proferiu rápidas palavras sobre o evento e parabenizou Raquel Camargo (ex-aluna de jornalismo) pela recente aprovação no mestrado em Estudos de Linguagens do Cefet-MG. Depois foi exibido um video institucional da Newton (não deu pra ouvir quase nada).

O primeiro palestrante da manhã foi André Fonseca, da Dito Internet. Grande parte dos cases apresentados por Fábio foi tirada do Social Media Brasil, evento que aconteceu dias 5 e 6 de junho em São Paulo (as palestras oficiais estão disponíveis no site).

Ele traçou o cenário atual das mídias sociais, falou de monitoramento, interações, apresentou o "case" do Twitter do Obama e da utilização da ferramenta não apenas para conversas e aproximação, mas também para Serviço de Atendimento a Clientes (SAC) e vendas por parte das empresas. Como exemplo, citou o Twitter da Dell. De acordo com André, pouco se fala sobre web 2.0. "O termo web 2.0 foi substituído por redes sociais", alertou.

Ao falar do YouTube, ele deu um exemplo de aproximação com o público ao citar o video do Samuel Rosa do Skank ensinando a tocar a música "Sutilmente". "49% dos internautas brasileiros acessam o YouTube, mas apenas 15% fazem upload de videos", acrescentou.



Sobre Orkut / My Space / Ning / Facebook, André citou alguns APPs interessantes para essas mídias sociais como comunidades totalmente customizadas sobre viagens, lojas, o Buddy Poke e conteúdos interativos com votações e enquetes (Bolão BBB no Orkut). Ele lembrou que 79% dos brasileiros que estão na web têm Orkut e deu uma dica valiosa de como agir nas redes sociais: "Cuidado ao criar expectativas. A melhor maneira de encontrar o cliente é ser encontrado por ele", sentenciou.

Depois foi a vez de Letícia Lira, Raquel Horta e Raquel Camargo participarem de um painel sobre as redes sociais. Particularmente gostei muito do modelo. Cada uma falando de sua experiência e representando seu lado. Letícia na posição de cliente (Vivo), Raquel Horta como diretora de agência (Mapa Digital) e Raquel Camargo como consultora/pesquisadora (monografia da Raquel Camargo). A cada tópico apresentado no telão, cada uma abordava o assunto sob seu ponto de vista. Confira alguns temas discutidos:
- Mídia tradicional X mídia social
- Presença espontânea
- O poder da pulverização do Twitter
- Estratégias de comunicação em redes sociais
- Mitos e a realidade
- A importância da pesquisa em redes sociais
- Planejamento em redes sociais
- Bons e não tão bons exemplos
- Mídias sociais: Como fazer?

Pincei algumas frases de efeito:


Nas conclusões do painel: Redes Sociais são planejamento, monitoramento, avaliação, redirecionamento em caso de resultados preliminares negativos. Redes Sociais são gente, relacionamento, tudo pode acontecer. A internet pressupõe dinamismo.

Nas perguntas, foram citados alguns cases como o @BestShopTV, Maritonio, Second Life, GM, Domino's Pizza e uma padaria que usa o Twitter para informar seus clientes sobre, por exemplo, o pão quentinho que acabou de sair do forno.


Após o painel, intervalo para lanche e networking (afinal, esse era o tema do evento: Networking quae sera tamem). Na volta, foi a vez de Lou Martins (a simpatia em pessoa), da Cubo.cc, traçar perfis de consumidores e as estratégias focadas em cada perfil de público. No primeiro slide, a frase que marcou toda a apresentação:


Apresentando o case da Rexona Teens, que distribuiu ingressos para o show dos Jonas Brothers em São Paulo e engajou fãs histéricas em uma campanha onde elas tinham que pagar os maiores micos nas redes sociais, Lou Martins afirmou (e provou) que não é necessário pagar para consumidores com comportamento passional. Eles têm interesse em participar. Na campanha, foram usadas como estratégia a produção de videos para o YouTube, troca de avatares no Orkut, tags no Twitter, posts em blogs e comunidades, etc, tudo feito pelas próprias fãs. Aquelas que conseguissem mais adeptos (e pontos), levariam os ingressos.

Ela também deu como exemplo as torcidas de futebol exibindo no telão imagens do Atlético e do Cruzeiro e pedindo a participação dos torcedores. "Não identificar o comportamento passional do consumidor é perder a oportunidade de conquistar um target", assegurou Lou, acrescentando que atingir esse target é importante para transformar essas paixões em benefício para a marca. "A marca pode potencializar essa paixão, fazendo-a retornar para o público como uma recompensa", completou.

Exemplo bem divertido foi a "novela" no YouTube Samamba versus Sky. Recomendação: Assista!



Evento muito bom. Parabéns a AMADi e a todas as agências associadas pela organização. A entidade provou que é possível fazer um evento de qualidade, com boa divulgação, bom público, bons palestrantes e barato (quando não de graça, para associados).

O Social Minas contou com o patrocínio da DialHost, Dinamize, Ipec –Instituto de Pesquisa em Educação e Comunicação Digital, além do apoio da Globominas.com, Newton Paiva, TwitterBrasil, TwitterBH e Mercado Web Minas.

Fotos no Flickr do Luis Leão e no Guia BH.