Meninas de escolas públicas de BH criam Apps inspirados em situações do dia a dia

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Seis aplicativos foram apresentados no domingo (15/12) por 35 adolescentes participantes da primeira edição do Garotas Applicadas, projeto da Associação Efigênia Vidigal de Educação e Cultura (Avec). Nova turma será oferecida em 2020

A primeira edição do Garotas Applicadas, iniciativa da Associação Efigênia Vidigal de Educação e Cultura (Avec), em parceria com o UniBH, concluiu as atividades de sua primeira turma no último domingo (15/12). A iniciativa reuniu 35 meninas do ensino médio de escolas públicas de Belo Horizonte para aulas de programação, desenvolvimento pessoal, liderança, negócios e empreendedorismo. As adolescentes tiveram a missão de desenvolver aplicativos para contribuir para a solução de problemas reais de suas comunidades.

Divididas em grupos, as jovens desenvolveram seis aplicativos. Saúde mental, autoestima, abrigo voluntário, plantas e educação foram as temáticas que inspiraram os projetos desenvolvidos pelas garotas. Os apps foram apresentados a uma banca composta por Davi Reis, engenheiro de software do Google; Fernanda Altoe, Supervisora de Engenharia da Embraer/SA; Renata Ferreira, desenvolvedora de sistemas de troca de mensagens automática e a psicóloga Alane Micheline. A produtora e repórter da Globo Minas, Tabata Poline, foi escolhida como paraninfa da turma.

“Foi incrível ver a evolução dessas meninas. É muito interessante ver do que elas são capazes quando tem a oportunidade certa de se desenvolver. A gente sabe que as escolas públicas têm suas limitações, inclusive orçamentárias, então ficamos satisfeitos de poder dar essa oportunidade. Queremos que elas levem isso para a vida e as famílias também. Que saibam que são capazes de ir mais longe e que podem frequentar uma universidade, seja na área de tecnologia ou não. Isso não importa. Importa mais promovermos capacidades para essas meninas e elas terem autoestima e confiança em si mesmas”, resume a voluntária líder do projeto Garotas Applicadas, Marília Souza.

Apps desenvolvidos
Durante 20 semanas as adolescentes participaram de encontros semanais, sempre aos sábados. Muito além das técnicas de programação, o conteúdo das aulas envolveu discussões sobre o papel da mulher na sociedade atual, empreendedorismo, marketing, dentre outros. “O projeto abriu novos horizontes pra gente e a nossa mente para novas coisas. Pude aprender muito sobre a programação, que é uma coisa que não tinha muita vivência. Pude colocar a mão na massa, fazer um aplicativo, enfrentar e superar as dificuldades”, conta a aluna Lana Lisboa.

Um guia de estudos, o “Easy Study”, foi o aplicativo apresentado pela primeira equipe. Com funções multimídia, a proposta é que seja totalmente gratuito e ajude os estudantes no aprendizado de diferentes conteúdos.

A saúde mental foi o que motivou a segunda equipe. O aplicativo “Happy Help” reúne funcionalidades para ajudar pessoas que sofrem com transtornos mentais. Os usuários poderão expressar sentimentos, ter acesso a conteúdos sobre saúde mental, buscar profissionais qualificados e muitos mais. Gratuito para os usuários, o App será monetizado com a cobrança de taxas dos profissionais cadastrados.

“Makestima” é o aplicativo desenvolvido pela terceira equipe. A ideia do aplicativo é valorizar a autoconfiança e trazer a maquiagem como ferramenta de bem-estar. O App busca promover a beleza real com dicas de make, livros, filmes e muito mais.

A realidade vivida pelas meninas em suas escolas motivou a criação do App da quarta equipe. O “Face School” traz um ambiente virtual para registro de toda a rotina escolar, com cronograma de provas e horários de aulas, por exemplo. Gratuito, o “Face School” é voltado para escolas públicas e o modelo de negócio propõe parcerias com as Secretarias de Educação e possíveis anunciantes.

Voltado para o público LGBT e mulheres vítimas de violência doméstica, a quinta equipe apresentou o App “Take Care”. A ideia é conectar pessoas que buscam abrigo e pessoas que oferecem abrigo. As garotas apresentaram pesquisas que indicam que 75% dos homossexuais têm medo de serem expulsos de casa, 42% da violência contra mulher é cometida dentro de casa, enquanto que 55% dos entrevistados acolheriam pessoas nessas situações.

Um app gratuito para os amantes de plantas e cultivos. Esse é o “Reflor”, projeto desenvolvido pela sexta equipe. O aplicativo reúne informações sobre plantas, principalmente relacionadas aos cuidados, de forma prática e totalmente em português (diferente dos concorrentes). O aplicativo traz a proposta de parceria com floriculturas, que podem oferecer descontos além de divulgar o próprio App em seus produtos.

Avec, educação e cultura
A Associação Efigênia Vidigal de Educação e Cultura (Avec) é uma Organização da Sociedade Civil, fundada em outubro de 2001, com sede em Belo Horizonte. Sua finalidade social é prestar serviços que promovam a educação, a cultura, a ecologia e a assistência social, por meio de projetos desenvolvidos em parceria com outras instituições ou individualmente. O nome da Instituição é uma homenagem à Profª Efigênia Elias Vidigal (1933-1977), modelo de educadora e pessoa humana que muito contribuiu para o desenvolvimento da educação em Minas.

A entidade aceita doações para manutenção de suas iniciativas. Quem quiser apoiar, pode doar através do Banco do Brasil – 001, Agência: 1629-2, Conta: 127979-3, CNPJ: 04.763.874/0001-51

Conheça:
https://avecmg.org.br/
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Instagram @avec_mg / @garotasapplicadas

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